segunda-feira, 6 de maio de 2013

Afinal, qualquer mulher poderia dar à luz ao Filho de Deus?


Antes de qualquer coisa, devemos levar em consideração que a figura de Maria está, em grande parte, associada a diversos dogmas católicos. Estes preceitos são verdades absolutas e inquestionáveis, pois estão contidos, ainda que de forma implícita, nos textos das Sagradas Escrituras. Desta forma, a Bíblia não se enquadra como exclusivo alicerce para a fé, já que as próprias narrativas religiosas constituem-se por relatos dos primeiros cristãos, preservados pela Igreja e autêntico à Palavra. Daí, baseamos-se em: Tradição + Magistério + Escritura (e “não apenas” no Livro Sagrado, como atestam os nossos irmãos protestantes). > Ver: João 21; 25. 

Pois bem. Para ser mãe do Verbo Encarnado (Maternidade Divina), Maria foi escolhida desde a eternidade. Há referências ao seu nome começando do Antigo Testamento (“Pois saibam que Javé lhes dará um sinal: A jovem concebeu e dará à luz um filho, e o chamará pelo nome de Emanuel”. – Isaias 7; 14) às Revelações de São João (“Apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua debaixo dos pés, e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava, entre as dores do parto, atormentada para dar à luz”. – Apocalipse 12; 1-2). Com esta relação percebemos que gerar a Palavra, em sua forma humana e igualmente divina, requer um ser completamente livre do pecado; em outras palavras, uma mulher concebida sem mancha (Imaculada Conceição) do Pecado Original (proveniente da desconfiança de Adão e Eva no que diz respeito a Deus, a qual todos nós temos uma gota deste veneno antes mesmo de faltarmos por livre arbítrio). 

Pronto, agora temos a resposta do questionamento que titula este estudo. Outros pontos de igual importância, porém, devem ser observados acerca dos mistérios Marianos. São eles: Virgindade Perpétua e Assunção aos céus. O primeiro se refere à Maria como tendo sido virgem antes, durante e depois do parto, já que, nos textos mais antigos, o termo “Virgem” deixava subentendido esta qualidade como um fator inabalável (salienta-se ainda dois fortes pontos comprovatórios: José era, à época da anunciação, hipoteticamente o marido de Maria, mas não de fato, como esclarecido em Mateus 1; 18: "... e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espirito Santo"; os irmãos de Jesus, relatados em Marcos 6; 3, são, na verdade, parentes próximos, termo amplamente usado nas Sagradas Escrituras, como em Gênesis, onde Abraão chama a Ló de irmão, mesmo antes o autor tendo dito que Ló era apenas o seu sobrinho. > Ver: Gênesis 13; 8 e 11; 27). O segundo, por sua vez, está estritamente ligado ao anterior, pois seria a elevação de corpo e alma de Nossa Senhora uma das conseqüências de sua pureza e castidade, mas não somente.


 Criação: 06/05/2013 - Objetivo: O Caminho de Jerusalém

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